Conselheiro ligado ao ministro de Minas e Energia é reeleito para o Conselho de Administração da Petrobras
A assembleia geral ordinária da Petrobras reelegeu nesta quinta-feira (26) Pietro Mendes, nome próximo ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para seguir na presidência do Conselho de Administração da Petrobras.
Do lado dos representantes do governo no conselho, a única mudança foi a eleição de Rafael Dubeux, indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para substituir o conselheiro Sergio Rezende, indicado pelo presidente Lula.
Além de Pietro Mendes e Rafael Dubeux, foram reconduzidos Bruno Moretti, indicado pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), Renato Galupo e Victor Saback, indicados por Alexandre Silveira, além do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Com isso, praticamente nada muda no balanço de poderes na estatal, mesmo depois da crise recente sobre o pagamento de dividendos que quase custou o cargo de Jean Paul Prates. Nos bastidores, o presidente da estatal trava uma queda de braço com o ministro de Minas e Energia.
O conselho continua comandado por uma pessoa ligada a Silveira, que mantém influência no órgão, e Prates continua comandando a estatal. A diferença é que agora entra um conselheiro próximo a Haddad, e o ministro da Fazenda é um aliado de Prates.
Do lado dos acionistas minoritários, foram reconduzidos Francisco Petros, Marcelo Gasparino e João Abdalla. Marcelo Mesquita não podia mais ser reeleito. No lugar dele, entrou Jerônimo Antunes. O décimo primeiro conselheiro é a representante dos funcionários da empresa, Rosangela Buzanelli. Com isso, o governo manteve seis conselheiros, os minoritários permaneceram com quatro.
Desde março, a Petrobras vinha sendo palco de uma disputa dentro do governo, com pressões da Casa Civil e Ministério de Minas e Energia pela troca do atual presidente. O nome do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, chegou a ser sondado pelo presidente Lula. No final, porém, Jean Paul Prates foi mantida com o apoio do ministro Fernando Haddad, que agora ganha uma vaga no conselho.
Foi Haddad que também convenceu o presidente Lula a concordar com a distribuição agora de metade dos R$ 43,9 bilhões de dividendos extraordinários, proposta que motivou toda guerra interna no governo pelo comando da estatal, mas que acabou sendo aprovada nesta quinta-feira (25) também pela assembleia de acionistas. A outra metade tem de ser distribuída até o final do ano.FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2024/04/25/conselheiro-ligado-ao-ministro-de-minas-e-energia-e-reeleito-para-o-conselho-de-administracao-da-petrobras.ghtml
